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Immanuel Kant: quem foi e o que o filósofo Kant defendia

Filosofia - Manual do Enem
Natália Cruz Publicado por Natália Cruz
 -  Última atualização: 26/6/2023

Índice

Introdução

Immanuel Kant nasceu em 22 de abril de 1724 em Konigsberg, cidade da Prússia Oriental, e faleceu em 12 de fevereiro de 1804 na mesma cidade em que nascera. O filósofo dedicou-se na abordagem de questões sobre moralidade, natureza do tempo e espaço, aquisição do conhecimento, política, metafísica, ciência cognitiva e do conhecimento e filosofia da psicologia.

Kant foi o primeiro filósofo a solucionar o debate promovido entre racionalistas e empiristas, por isso é considerado um dos mais importantes filósofos de seu tempo. O autor é reconhecido também como um entusiasta do iluminismo europeu, que foi influenciador de algumas de suas obras.

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Filosofia Kantiana

A principal contribuição da filosofia kantiana ocorre quando o filósofo reúne conceitualmente o racionalismo de Descartes e o empirismo de Hume, relacionando assim a razão humana e a relevância da experiência na aquisição do conhecimento. A união desses conceitos é chamada na filosofia de Revolução Copernicana.

Os racionalistas cartesianos acreditavam que toda origem do conhecimento verdadeiro deriva da razão, a partir de categorias inatas, chamadas de a priori, que significa antes da experiência. Os empiristas, por sua vez, acreditavam que o homem era uma tábula rasa e todo conhecimento provinha de sensações.

Kant soluciona o debate promovido entre cartesianos e empiristas ao questionar se o próprio conhecimento é possível, ou seja, a razão faz críticas a si mesma, a razão é, portanto, questionada.

O filósofo critica a ideologia da razão ao apresentar uma série de conceitos e princípios que são capazes de possibilitar o pensamento humano. Para o filósofo os homens não tem condições de conhecer a realidade pura das coisas, ou seja, as coisas como realmente elas são. Na filosofia idealista kantiana a existência dos objetos depende da observação do sujeito, no entanto, nem sempre a observação leva ao conhecimento puro sobre o objeto.

O mundo chamado por ele de coisa em si, não pode ser conhecido plenamente através do entendimento ou sensibilidade, pois tudo que o homem conhece não é a realidade verdadeira. É o que Kant chama de fenômeno, que caracteriza os objetos na medida em que eles são apresentados, entendidos e organizados pelo pensamento. Com isso, Kant explica que a realidade não está relacionada ao sujeito, por isso torna-se impossível conhecê-la.

O debate é então solucionado quando Kant apresenta que o conhecimento obtido através da experiência pode ser organizado em categorias e instituições a priori, Kant faz então a conciliação entre empirismo e racionalismo aproximando os conhecimentos a priori, tidos como racionalistas e os conhecimentos a posteriori, classificados como sendo empíricos. A teoria sobre o conhecimento está descrita no livro Crítica da Razão Pura, de 1791.

Outras ideias também aparecem na filosofia kantiana e completam sua obra e seu modo de pensar e fazer filosofia. Em ética destaca-se o conceito de imperativo categórico, que é o dever que cada ser humano tem de agir conforme os princípios desejados para todos os seres humanos. Isso é, uma lei de ação geral da natureza humana.

No campo da filosofia política Kant apresenta a ideia de Paz Perpétua, como sendo o resultado da história e garantida através da cooperação internacional. Kant defende a existência de Estados organizados pela lei e com a existência de governos republicanos. Kant faz duras críticas a democracia, já que a definição de um Estado governado por todos, não abrange de fato, todos.

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Os juízos kantianos

Na obra Crítica da Razão Prática de 1788 Kant apresenta seu tratado sobre a moral humana e diz que a moralidade é conseguida através de juízos, bem como o conhecimento é atingido a partir da junção dos conhecimentos a priori e a posteriori. Existem para Kant três juízos capazes de garantir os princípios de ação moral.

  • Juízo Sintético: Trata da experimentação para garantir o conhecimento verdadeiro. Não se pode alcançar a verdade apenas pela análise de suas proposições.
  • Juízo Analítico: Fundado no princípio da identidade. Para Kant o predicado apresenta atributos contidos no sujeito, ao se negar o sujeito, nega-se também o predicado.
  • Juízo estético: É o juízo ligado ao ato de estabelecer o conceito de belo.

Immanuel Kant.Immanuel Kant.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2013
Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento. (KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Guibenkian, 1994 [adaptado].)

O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana da filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que:

A Assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
B Defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
C Revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
D Apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
E Refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
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