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Thomas Hobbes

Filosofia - Manual do Enem
nicholas cysne Publicado por nicholas cysne
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

Thomas Hobbes, nascido em 5 de abril de 1588, filósofo, matemático e teórico político inglês, é um dos fundadores do pensamento político moderno, trazendo ideias inovadoras como Contrato Social e O Mecanicismo do Homem.

Suas obras mais famosas - Leviatã (1651), Os Elementos da Lei (1650) e Do Cidadão (1651) - tratam do funcionamento da sociedade absolutista, tendo em foco a necessidade desse poder forte centralizado para a manutenção da ordem.

Fortemente influenciado pelo método cartesiano e pelas descobertas científicas da época - o mecanicismo do Universo de Galileu Galilei, por exemplo -, Hobbes estudou a sociedade e a política pautado na razão e na lógica.

Foi perseguido pela Igreja Católica e pelo Governo Francês, uma vez que suas ideias foram consideradas antiteológicas. Hobbes defendia que o monarca vigente deveria ser o cabeça político e religioso, afastando o controle da igreja sobre o governo.

Perseguido, fugiu da França e foi morar na Inglaterra, cuja cisão com a Igreja Católica já havia acontecido fazia meio século. Entretanto, mesmo lá, suas ideias não foram bem vistas. Seus livros foram queimados pela igreja em Oxford e a Royal Society julgou seu trabalho como de má qualidade.

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Leviatã e Contrato Social

Hobbes defende que os seres humanos são, em sua natureza, egoístas, pois se interessam somente em suas necessidades particulares e imediatas.

Antes de formada a sociedade como se conhece, o homem se encontrava em seu “Estado de Natureza”, onde guerreava por suas necessidades. Categoriza-se, assim, a seguinte frase de Hobbes: “O Homem é o lobo do Homem”. Ou seja, o único inimigo que pode machucar o homem é outro homem.

Nesse estado de permanente guerra, é necessário um poder absoluto. O Leviatã, que todos os homens deveriam obedecer e respeitar, se responsabilizaria de impor a ordem, as leis e a paz. 

capa do livro Leviatã de Thomas Hobbeslivro Leviatã de Thomas Hobbes

Encontrando tal poder, sendo um rei absolutista ou uma democracia liberal, seria possível, então, formar um contrato social, em que o homem deixaria seu estado de natureza para agora viver em sociedade, abdicando de certas liberdades e direitos por benefícios, tendo somente que obedecer ao poder.

Hobbes considera que o homem, possuindo ainda raízes primitivas que remetem a seu estado de natureza, possui a paixão mais forte que a vontade.

A Paixão é a ação imediata, levada por emoções, de uma necessidade imediata e não pensada. A esta, não são considerados efeitos e consequências. Já a Vontade corresponde ao ato pensado, premeditado, que possui objetivo a ser alcançado, estando previstas as suas consequências.

Sendo a Paixão maior que a Vontade, o homem apenas aceita o contrato social e a necessidade de viver em comunidade ao submeter-se ao Leviatã, por mera questão de sobrevivência. 

O Contrato Social marca, portanto, a passagem do homem selvagem para o homem da sociedade.

A Igreja Católica não mostrou simpatia pelas ideias de Hobbes, devido ao choque que seus textos produziam em relação à Bíblia. Isto o fez fugir para a Inglaterra, onde passou o resto de sua vida.

John Locke e Jean-Jacques Rousseau são outros filósofos adeptos do contrato social. 

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Mecanicismo do Homem

Inspirado por Galileu Galilei e Francis Bacon, Hobbes rejeita as ideias sobre a metafísica e busca as propriedades e a causa das coisas por meio da razão.

Neste contexto, ele encontra no homem o objeto de estudo de interesse. Divide o conceito de corpo entre “corpo natural” (filosofia natural) e “corpo artificial” (filosofia política), atrelando-o à existência material (materialismo) e, portanto, à física. Mais especificamente, ao movimento e à força, facetas do mecanicismo.

A partir dessas ideias, Hobbes tenta explicar fenômenos físicos, psíquicos e emocionais do homem através da física. Ele compara o homem a uma máquina - com bombas, válvulas, torneiras, cordas etc. Entretanto, por inatismo, tende a cultivar o movimento.

O homem é naturalmente tendencioso a continuar em movimento, uma vez que isso está atrelado à conservação da vida e da propriedade de bens privados.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
Uema/2015

Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres em seu estado natural, competindo e lutando entre si, por terem relativamente a mesma força. Nesse estado, o conflito se perpetua através de gerações, criando um ambiente de tensão e medo permanente. Para esse filósofo, a criação de uma sociedade submetida à Lei, na qual os seres humanos vivam em paz e deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua liberdade original. Nessa sociedade, a liberdade individual é delegada a um só dos homens que detém o poder inquestionável, o soberano. 

Fonte: MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Editora NOVA Cultural, 1997. 

A teoria política de Thomas Hobbes teve papel fundamental na construção dos sistemas políticos contemporâneos que consolidou a (o):

A Monarquia Paritária.
B Despotismo Soberano.
C Monarquia Republicana.
D Monarquia Absolutista.
E Despotismo Esclarecido.
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