A ecologia, como ciência fundamental, investiga as conexões vitais entre seres vivos e seu ambiente. Essa disciplina se divide em autoecologia e sinecologia.
Os níveis de organização na ecologia representam diferentes escalas em que os ecologistas estudam e compreendem os sistemas naturais. Esses níveis de organização, em ordem crescente de complexidade, são:
Organismo Individual: O nível mais básico, onde os ecologistas estudam um único organismo e suas características, comportamento e adaptações ao ambiente.
População: Este nível envolve o estudo de grupos de organismos da mesma espécie que interagem em uma área específica. Os ecologistas examinam as dinâmicas populacionais, como natalidade, mortalidade, migração e densidade populacional.
Comunidade: Neste nível, os ecologistas estudam todas as populações de diferentes espécies que habitam uma determinada área e como elas interagem entre si. Isso inclui a análise das relações ecológicas, como predação, competição e simbiose.
Ecossistema: Um ecossistema é composto pela comunidade de organismos interagindo com seu ambiente físico (fatores abióticos), como solo, clima, água e nutrientes. Os ecologistas consideram as transferências de energia e a circulação de nutrientes dentro desses sistemas.
Bioma: Os biomas são grandes áreas geográficas com características climáticas e ecológicas semelhantes. Eles incluem várias comunidades e ecossistemas que compartilham padrões de temperatura, precipitação e vegetação.
Biosfera: A biosfera é o nível mais abrangente e engloba todos os biomas e ecossistemas da Terra. Representa a parte do planeta onde a vida é possível e estuda as interações globais entre organismos e ambientes.
Cada nível de organização fornece uma perspectiva única para entender os padrões e processos ecológicos, desde a adaptação individual até as complexas interações entre diferentes espécies e ambientes em escala global. A ecologia utiliza esses níveis de organização para analisar como a vida se desenvolve e persiste em nosso planeta.
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A Ecologia, dentro da Biologia, dedica-se ao estudo das conexões entre seres vivos e seu meio ambiente. Essa ciência busca compreender todas as influências, sejam elas biológicas, químicas ou físicas, sobre um organismo.
Apesar de assuntos de cunho ambiental e ecológico terem sido modelos de estudo de filósofos e pesquisadores desde a Era Clássica (vide os estudos de ciências naturais postulados por Aristóteles), é consideravelmente recente o entendimento do termo..
Foi nos estudos que geraram o livro “Morfologia Geral do Organismo” que o zoólogo alemão Ernst Haeckel utilizou e caracterizou o termo:
"Por ecologia, nós queremos dizer o corpo de conhecimento referente à economia da natureza - a investigação das relações totais dos animais tanto com o seu ambiente orgânico quanto com o seu ambiente inorgânico; incluindo, acima de tudo, suas relações amigáveis e não amigáveis com aqueles animais e plantas com os quais vêm direta ou indiretamente a entrar em contato - numa palavra, ecologia é o estudo de todas as inter-relações complexas denominadas por Darwin como as condições da luta pela existência". HAECKEL, E. "Generelle Morphologie der Organismen" - 1866.
A ecologia é a ciência que visa promover o entendimento da natureza analisando as relações estabelecidas entre organismos e destes organismos para com o mundo natural.
A compreensão dos diversos ecossistemas existentes e da pode auxiliar na busca de diversas informações para os mais variados objetivos:
Entendendo as necessidades de cada ambiente e dos seres que o compõe, é possível analisar os impactos decorrentes das ações humanas em determinado local. Dessa forma, a ecologia levanta questões sobre a conscientização da população para garantir o futuro viável do planeta.
Os objetos de estudo dentro do campo da ecologia podem ser singulares, como um organismo, ou complexos e "grandes", como ecossistemas e a própria Biosfera. Dessa forma, os sistema ecológicos podem ser divididos em níveis de organização obedecendo a uma escala ascendente, onde os menores níveis são englobados ou fazem parte dos níveis maiores.
Os primeiros níveis dos sistemas ecológicos tratam do organismo enquanto indivíduo ou sua relação com os seus semelhantes e vai se tornando mais complexo, adicionando outros fatores e organismos no modelo de estudo. Esses sistemas podem ser divididos em pelo menos cinco níveis:
Unidade fundamental da ecologia, sendo considerado o sistema ecológico elementar. É cada ser vivo analisado de forma individualmente. Exemplo: uma onça pintada.
É o conjunto de organismos do mesmo "tipo" que compartilham a mesma área. São indivíduos da mesma espécie que ocupam o mesmo lugar no ambiente. Geralmente, a nível de população, são estudadas as relações intraespecíficas (relação entre indivíduos da mesma espécie). Exemplo: população de onças pintadas.
É o conjunto de seres vivos, diferentes ou não, que vivem no mesmo lugar e se interagem de diversas formas. Estuda-se comunidade em um ambiente quando se deseja analisar as relações interespecíficas (relação entre indivíduos de espécies diferentes). Exemplo: população de onças pintadas e demais organismos que vivem em um trecho da Floresta amazônica como aves, microorganismos, plantas etc.
Engloba, além dos seres vivos presentes no local, os demais fatores ambientais existentes, como recursos hídricos, temperatura, solo, nutrientes, etc. Exemplo: Floresta Amazônica com todos os seus seres vivos e recursos naturais.
Último nível. Inclui todos os ambientes e organismos do planeta. Todos os ecossistemas estão interligados formando a Biosfera. Exemplo: Planeta Terra.
A imagem acima mostra cada um dos níveis de organização: analisando cada peixe, tem-se o indivíduo. Os indivíduos da mesma espécie formam a população. O conjunto de peixes e corais forma a comunidade. O conjunto da comunidade junto com os fatores abióticos como a água, rochas e luminosidade presentes na imagem formam o ecossistema marinho.
Um ecossistema é composto por um conjunto de fatores que garantem a sua manutenção. Esses fatores podem ser divididos em:
São todos os seres vivos presentes em um ecossistema, bem como suas relações intraespecífica e interespecífica.
São os elementos não vivos presentes em um ambiente, mas que afetam a presença dos fatores bióticos. Podem ser subdivididos em fatores abióticos físicos (clima, temperatura, umidade relativa do ar, incidência de ventos, pH, etc.) e fatores abióticos químicos (nutrientes como nitrogênio, fósforo, oxigênio e carbono, presentes no solo e na atmosfera).
Entende-se por habitat o local físico onde se vive um determinado organismo, como uma onça pintada que pode viver na Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Pantanal.
É importante diferenciar habitat de nicho ecológico, enquanto habitat é o local onde uma espécie vive, nicho ecológico é a função que essa espécie possui nesse habitat, é a forma como ela vive no determinado local.
Por exemplo, a onça pintada pode apresentar hábitos noturnos, é carnívora e geralmente vive isoladamente ou em população de três ou quatro organismos.
O controle biológico, técnica empregada no combate a espécies que causam danos e prejuízos aos seres humanos, é utilizado no combate à lagarta que se alimenta de folhas de algodoeiro. Algumas espécies de borboleta depositam seus ovos nessa cultura. A microvespa Trichogramma sp. introduz seus ovos nos ovos de outros insetos, incluindo os das borboletas em questão. Os embriões da vespa se alimentam do conteúdo desses ovos e impedem que as larvas de borboleta se desenvolvam. Assim, é possível reduzir a densidade populacional das borboletas até níveis que não prejudiquem a cultura.
A técnica de controle biológico realizado pela microvespa Trichogramma sp. consiste na: