Aristóteles nasceu em Estagira, península da Macedônia, em 384 a.C, e faleceu em 322 a.C em Cálcis, Grécia. Era filho de Nicômaco, médico e amigo pessoal do avô de Alexandre, o Grande. Por conta da proximidades das famílias, Aristóteles tornou-se mentor de Alexandre, o Grande.
Na juventude, Aristóteles partiu rumo à Grécia, onde frequentou a Academia de Platão, de quem foi discípulo. Aristóteles desenvolveu trabalhos em diversas áreas da Filosofia e ciências desenvolvidas na Grécia e é considerado o autor de um sistema mais abrangente da filosofia ocidental.
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A obra de Aristóteles foi organizada e reunida, principalmente durante a escolástica, por São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, num conjunto chamado Corpus Aristotelicum. A união das obras conta com escritos produzidos durante a vida de Aristóteles, sendo muitas delas consideradas de caráter didático.
No entanto, a obra mais famosa do filósofo tem o título de “Física”. Esses escritos apresentam uma detalhada pesquisa sobre as leis matemáticas, os fenômenos físicos e a organização da natureza.
Em “Física”, Aristóteles também apresenta um quinto elemento: o éter, substância de origem divina que compõe plantas, estrelas e a parte visível da abóbada celeste.
É também nessa obra que o filósofo aponta que a razão de todas as coisas é ligada a quatro causas principais:
Também foram feitos estudos sobre lógica. As obras aristotélicas influenciaram pensadores e cientistas até o século XIX.
Nos escritos aristotélicos, a metafísica pode ser entendida como uma subdivisão da Filosofia que investiga as realidades encontradas além do mundo sensível e que fornecem fundamentos para o desenvolvimento das ciências, em especial, as ciências da natureza.
As obras metafísicas influenciaram escritos filosóficos da idade média e o surgimento da própria disciplina Metafísica.
Três princípios são apresentados pelo autor para o entendimento da Metafísica:
Em meados de 336 a.C e 335 a. C, após um período na Macedônia, Aristóteles retorna a Atenas, onde funda uma escola filosófica que recebe o nome de Liceu. Os seguidores e alunos do Liceu Aristotélico recebem o nome de peripatéticos.
A palavra peripatético, do grego, significa ambulante, itinerante, o que passeia. A escola recebeu esse nome pois Aristóteles transmitia seus ensinamentos ao ar livre, enquanto ele e seus alunos caminhavam.
A escola aristotélica adotava orientações empíricas e se opunha à academia de Platão, que adotava pontos de vista especulativos. No entanto, alguns elementos da filosofia platônica são encontrados nos ensinamentos de Aristóteles, pois o filósofo tinha sido aluno de Platão.
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Aluno da escola de Platão, Aristóteles desenvolveu uma filosofia que se distanciava do idealismo platônico.
Platão afirmava a existência do mundo sensível e do mundo inteligível, e por conta dessa divisão, o filósofo afirma ser impossível um objeto concreto representar a si mesmo em sua totalidade. Somente a ideia seria capaz de representar tal objeto de forma mais próxima ao real. A ideia poderia ser alcançada através da razão, do intelecto.
Aristóteles, por sua vez, afirmava a existência de apenas um mundo captado a partir do intelecto e dos sentidos.O exemplo mais clássico para entender como Aristóteles e Platão entendem o objeto é o da cadeira.
Platão afirma que não há possibilidade de entender cadeira como sendo um objeto concreto, já que cada indivíduo pode pensar em um tipo específico de cadeira. A ideia de cadeira é que garante a essência desse objeto.
Para Aristóteles é possível conhecer uma cadeira a partir do material, forma, origem ou finalidade deste objeto. Na pintura sobre a academia de Platão, aponta para cima, demonstrando a crença no mundo das ideias. Aristóteles, por sua vez, aponta para baixo, demonstrando a existência de um único mundo, captado por razão e sentidos.
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
(ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.)
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como: