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Primavera dos Povos - Revoluções de 1848

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 28/7/2022

Índice

Introdução

As revoluções de caráter liberal que tomaram a Europa desde 1820 chegaram ao seu auge em 1848.

Com seu epicentro novamente na França, as revoltas contra os regimes monárquicos e autocráticos resultaram em uma terceira onda de revoluções que se espalhou pela Europa, influenciou movimentos na América, e posteriormente ficaria conhecida como “Primavera dos Povos”.

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Contexto histórico 

Luís Felipe de Orleans era governante da França desde a revolução de 1830, quando, com o apoio da alta burguesia, liderou um movimento pela deposição de Carlos X, rei que havia restaurado alguns princípios do absolutismo.

Apesar de ter implantado medidas liberais em seu governo, como a valorização do parlamento, Luís Felipe também manteve políticas de viés conservador, como o voto censitário e a censura à imprensa. Em razão disso, enfrentava uma oposição que se dividia basicamente em quatro grupos:

  • Legitimistas: grupo composto por nobres que consideravam a deposição de Carlos X ilegítima e desejavam retomar os princípios estabelecidos no Congresso de Viena;
  • Bonapartistas: membros da pequena burguesia liderados por Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão;
  • Republicanos: constituído por defensores do sufrágio universal (todos os cidadãos têm direito ao voto) e contrários ao direito hereditário dos reis;
  • Socialistas: formado por movimentos de trabalhadores, inspirados pelas ideias do socialismo que se espalhavam pela Europa.

Diante desse quadro geral, a crise econômica, provocada principalmente por uma colheita ruim em 1847, intensificou os protestos contra o governo. As críticas se dirigiam em especial ao ministro Guizot, um dos principais auxiliares do rei Luís Felipe.

aumento da repressão por parte da coroa, que proibiu reuniões entre os grupos oposicionistas, gerou a “política dos banquetes”, reuniões clandestinas que tinham por objetivo organizar a oposição em “banquetes” e discutir a situação política do país.

Ao descobrir um desses banquetes, em fevereiro de 1848, Guizot decidiu proibi-los, o que provocou uma grande revolta por parte do proletariado de Paris. A resistência não cessou e dias depois o rei abdicou, fugindo para a Inglaterra.

A rebelião de fevereiro de 1848 e a Segunda República Francesa 

Diante da fuga de Luís Felipe, foi proclamada a Segunda República, e um governo provisório assumiu o poder na França, composto por republicanos moderados e socialistas.

Entre as medidas adotadas pelo novo governo estavam o restabelecimento do sufrágio universal masculino e das liberdades de imprensa e de reunião, assim como a abolição da pena de morte por motivos políticos e da escravidão nas colônias francesas.

Sob pressão de setores mais radicais, o governo provisório organizou uma eleição para abril de 1848, que deu a vitória aos republicanos moderados, apoiados pela burguesia e por pequenos proprietários rurais, que temiam perder suas propriedades diante do avanço do movimento operário.

O novo governo instalado em maio de 1848 tomou medidas contra os operários, como o fechamento de oficinas nacionais (fábricas públicas criadas para combater o problema do desemprego), e gerou grande revolta entre os trabalhadores urbanos.

Ainda naquele ano, o proletariado tentou se rebelar e resistir aos grupos opositores durante o movimento que ficou conhecido como Jornadas de Junho, mas não obteve sucesso. Uma nova constituição foi promulgada em novembro de 1848, e as eleições foram vencidas por Luís Bonaparte

O 18 Brumário 

Em dezembro de 1851, o sobrinho de Napoleão deu início a um golpe de Estado com apoio do exército e da grande burguesia. No ano seguinte, sob o título de Napoleão III, deu origem ao Segundo Império Francês, que perduraria até 1870.

Graças ao filósofo alemão Karl Marx, que publicou uma série de textos analisando esses episódios políticos da França no calor do momento, o golpe ficaria conhecido como o 18 Brumário de Luís Bonaparte, e seria interpretado como a tentativa do sobrinho de repetir os passos de seu tio, Napoleão.

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