O pós-modernismo, também chamado de pós-modernidade, pode ser definido a partir das mudanças sociais, culturais, artísticas, filosóficas, científicas e estéticas que surgiram após a Segunda Guerra Mundial.
As mudanças socioculturais foram, também, responsáveis por marcantes transformações nas relações travadas entre as crescentes práticas capitalistas, a arte e a cultura.
Por conta das transformações ligadas à cultura e às relações capitalistas, o movimento pós-modernista pode também ser chamado de pós-industrial ou de movimento financeiro, pois é a partir do fim da Segunda Guerra Mundial que as inovações tecnológicas, os investimentos financeiros e a indústria de massa desenvolveram-se e marcaram intensas e profundas transformações na sociedade e na maneira pela qual os indivíduos passaram a encarar o consumo.
Os limites temporais da pós-modernidade ainda não estão claramente definidos. Alguns pensadores, filósofos e cientistas afirmam que a pós-modernidade ainda não acabou, está em fase de desenvolvimento. No campo do marxismo, Friederich Jameson afirma que a pós-modernidade corresponde à terceira etapa do capitalismo.
No contexto pós-Segunda Guerra e diante de tantas informações, ligadas ou não a esse acontecimento, algumas características permitem identificar o pós-modernismo. Dentre elas, merecem destaque:
O homem do pós-guerra está inserido em uma realidade repleta de imagens, signos e símbolos que são, em geral, mais valorizados do que os objetos em si. Tal valorização leva ao hiper-realismo, que pode ser entendido como sendo a pretensão de transpor as realidades objetivas para o universo da construção das imagens.
O hiper-realismo é uma condição ilusória e não necessariamente real, responsável por iniciar uma situação de choque, conflito e confronto entre a imaginação e a realidade concreta. O filósofo polonês Zygmunt Bauman, ao analisar a pós-modernidade, afirma que tudo é fluido, tudo é líquido. Não há, portanto, nada de concreto quando se analisa a pós-modernidade, seus acontecimentos e relações interpessoais.
De maneira geral, a arte produzida após o final da Segunda Guerra Mundial é marcada pelo ecletismo e pela mistura de cores, tendências e formas artísticas. Tanto ecletismo quanto falta de regras rígidas e muito bem definidas transformam a arte pós-moderna no que os especialistas chamam de antiarte.
Os parâmetros e regras não estão muito bem definidos e delimitados, os artistas, de maneira geral, podem experimentar, ser livres e ousados. Tais características marcam tanto as artes plásticas quanto a arquitetura, literatura e pintura.
A arte pós-moderna, como um todo, também apresenta características como a ironia, a crítica a valores, crítica social, crítica aos sistemas políticos e a figuras públicas, metalinguagem, humor, foco no cotidiano e em situações e grupos marginalizados ou esquecidos.
No entanto, as obras de arte produzidas na pós-modernidade não seguem todas o mesmo estilo. Enquanto algumas tratam de críticas e reflexões mais aprofundadas, é durante o pós-Segunda Guerra Mundial que também surge a arte de massas, produzida de forma industrial e voltada para o consumo rápido e imediato, sem que os consumidores tenham que pensar muito para entendê-la.
A arte para consumo segue segue um padrão pré-definido e que agrada a grande maioria dos seus consumidores sem que eles precisem se preocupar com questões mais profundas. Adorno e Horkheimer foram os filósofos que dedicaram-se ao estudo e ao entendimento da produção artística ligada à cultura de massa.
“Pós-modernidade", “alta-modernidade", “modernização reflexiva", “modernidade líquida" são algumas categorias utilizadas, no âmbito das ciências sociais, como referência ao processo intenso de mudanças sociais, políticas, culturais e estéticas que começou a espalhar-se mundialmente a partir da segunda metade do século XX.
Em termos sociológicos, esse conjunto de mudanças significou: