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Metadados: o que são, tipos e exemplos

por Luiz Fernando Miranda em 15/02/24

Em um mundo onde a quantidade de dados produzidos e consumidos cresce a um ritmo exponencial, uma pergunta surge com frequência nos círculos tecnológicos envolve o conceito de metadados. Metadados são, em essência, dados sobre dados. Eles fornecem informações sobre ou descrevem outros dados, tornando possível a organização, o encontro, e a compreensão de informações em volumes massivos e complexos.

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Imagine tentar encontrar uma agulha num palheiro. Agora, imagine se cada palha viesse com uma etiqueta descrevendo onde e por que foi colocada lá. Essas "etiquetas" são o que chamamos de metadados. Eles transformam o palheiro num arquivo organizado, onde encontrar a agulha é possível, uma tarefa simples e direta. 

A capacidade de adicionar camadas de compreensão e acessibilidade aos dados é o que torna os metadados uma peça crucial na gestão da informação digital.

Metadados são parte fundamental de sistemas eficientes, permitindo que bibliotecas digitais, arquivos online e motores de busca operem com precisão e eficácia. Por isso, entender o que são metadados e como podem ser utilizados é mais do que uma questão técnica; é um pré-requisito para navegar no mar de informações que podem ser acessadas hoje.

Metadados: o que são, tipos e exemplos

O que são metadados?

A palavra "metadado" é formada por duas partes: "meta", que significa além, e "dado", referindo-se a qualquer item de informação. Assim, metadados são dados que descrevem outros dados. 

Esta definição, por mais simples que pareça, abre portas para uma compreensão mais profunda de como as informações são organizadas, acessadas e compreendidas no ambiente digital.

Por exemplo, considere uma fotografia digital. Os dados primários seriam a imagem em si – o que você vê quando olha para a foto. Os metadados dessa fotografia podem incluir informações como a data e a hora em que foi tirada, o tipo de câmera usada, as configurações da câmera (como a abertura e a velocidade do obturador), e até a localização geográfica. Estes metadados transformam uma simples imagem em um documento com contexto e referência, permitindo que seja facilmente organizada, buscada e compreendida.

Da mesma forma, em uma página web, os metadados podem incluir o título da página, descrições, palavras-chave relevantes e outros dados que ajudam os motores de busca a entender o conteúdo da página e a classificá-la adequadamente nos resultados de busca. Em documentos, metadados podem informar sobre o autor, a data de criação, a última data de modificação e os direitos autorais.

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Importância dos metadados

A importância dos metadados reside em sua capacidade de tornar a informação não apenas acessível, mas também útil e significativa. Eles permitem a filtragem e a busca rápida, ajudando o usuário a localizar exatamente o que precisamos sem ter que vasculhar montanhas de dados irrelevantes.

Além disso, os metadados desempenham um papel crucial na gestão e preservação de informações digitais. Por meio deles, organizações podem aplicar políticas de arquivamento, definir permissões de acesso e garantir a integridade e a segurança dos dados. 

No contexto de bibliotecas digitais e arquivos, os metadados facilitam a catalogação, a recuperação e a manutenção de coleções, assegurando que o conhecimento humano seja preservado e acessível para as gerações futuras.

Tipos de metadados

Metadados descritivos, estruturais e administrativos

Cada tipo de metadado desempenha um papel específico na organização, busca e gestão de informações digitais. Eles são geralmente categorizados em três tipos principais: descritivos, estruturais e administrativos. 

Metadados descritivos: Como o nome sugere, os metadados descritivos descrevem um recurso para fins de identificação e descoberta. Eles incluem informações como título, autor, palavras-chave e resumo, que ajudam os usuários a encontrar recursos relevantes com base em critérios de pesquisa específicos. 

Por exemplo, na biblioteca de uma universidade, os metadados descritivos permitem aos estudantes e pesquisadores localizar livros e artigos acadêmicos relevantes para seus estudos.

Metadados estruturais: Os metadados estruturais focam na organização interna dos recursos digitais. Eles detalham como um recurso é composto ou formatado, como as páginas de um livro estão ordenadas ou como as faixas de um álbum de música estão organizadas. Esses metadados facilitam a navegação e o acesso a partes específicas de recursos digitais, tornando a experiência do usuário mais eficiente e direcionada.

Metadados administrativos: Este tipo de metadado é voltado para a gestão e preservação de recursos digitais. Os metadados administrativos podem ser subdivididos em subcategorias, como metadados de direitos, que informam sobre as condições de uso e direitos autorais, e metadados técnicos, que detalham aspectos técnicos do arquivo, como formato de arquivo, codificação e requisitos de software. 

Eles são essenciais para garantir que os dados sejam mantidos de forma segura e acessível ao longo do tempo, além de gerenciar as permissões de acesso e uso.

Como os metadados são usados?

Os metadados são fundamentais e podem ser aplicados em vários setores, demonstrando sua versatilidade e valor. Eles são utilizados em uma ampla gama de contextos, desde bibliotecas digitais até o gerenciamento de conteúdo online e a otimização para motores de busca (SEO), cada um aproveitando as capacidades únicas dos metadados para atender a objetivos específicos.

Bibliotecas digitais: Nas bibliotecas digitais, os metadados descritivos são essenciais para catalogar livros, jornais, revistas e outros recursos digitais. Eles permitem que os usuários pesquisem e encontrem recursos por autor, título, assunto ou data de publicação. 

Graças aos metadados, o vasto acervo de uma biblioteca digital pode ser facilmente navegado, permitindo que estudantes, pesquisadores e leitores encontrem o material que precisam sem esforço.

Gerenciamento de conteúdo online: Websites e plataformas de conteúdo utilizam metadados para gerenciar e organizar seus conteúdos de forma eficaz. Metadados descritivos, como tags e categorias, ajudam na classificação de artigos, vídeos e posts em blogs, facilitando a descoberta de conteúdo pelos usuários. Metadados estruturais garantem que o conteúdo seja apresentado de maneira lógica e coerente, melhorando a experiência do usuário.

SEO (Otimização para Motores de Busca): No mundo do marketing digital, os metadados desempenham um papel crucial na SEO. Metadados descritivos, como títulos de páginas e metadescrições, são utilizados para informar aos motores de busca sobre o conteúdo de uma página web, influenciando diretamente como essa página será indexada e classificada nos resultados de busca. 

Metadados e a web

Os metadados não são apenas fundamentais para a organização de informações; eles são essenciais para o funcionamento da web. No desenvolvimento web, os metadados são usados intensivamente para descrever o conteúdo das páginas HTML, otimizando-as para motores de busca e melhorando a acessibilidade.

HTML: Dentro de uma página HTML, os metadados são especificados na seção <head>, incluindo títulos de páginas, descrições, palavras-chave e outros elementos que não são visíveis diretamente aos usuários, mas são cruciais para os motores de busca. Eles ajudam a definir o contexto de uma página e a classificar o seu conteúdo de maneira adequada nos resultados de pesquisa.

Bancos de Dados: Em bancos de dados, os metadados definem a estrutura de como os dados são armazenados, acessados e manipulados. Eles descrevem as tabelas, colunas, tipos de dados e relações entre diferentes conjuntos de dados, facilitando a gestão de dados complexos e a realização de consultas eficientes.

Diferença entre dados e metadados

Dados referem-se à informação bruta, o conteúdo que é processado, armazenado ou transmitido. Eles podem assumir várias formas, como texto em um documento, números em uma planilha, pixels em uma imagem ou sequências em um arquivo de vídeo. Os dados, por si só, podem ser incompletos ou de difícil interpretação sem um contexto adicional.

Metadados, por outro lado, são informações que fornecem contexto, descrição ou detalhes adicionais sobre esses dados. Eles descrevem características importantes dos dados, como origem, formato, relevância e estrutura. Os metadados agregam valor significativo aos dados, tornando-os mais fáceis de localizar, entender e utilizar eficientemente.

Para ilustrar a diferença, considere uma fotografia digital como exemplo. A imagem em si – as cores, formas e objetos capturados – constitui os dados. Os metadados dessa fotografia podem incluir informações como a data e hora em que foi tirada, o modelo da câmera utilizada, configurações da câmera (por exemplo, exposição, abertura), e talvez até a localização geográfica. 

Outro exemplo claro pode ser encontrado em documentos digitais. O texto do documento é considerado dados. Informações como o autor do documento, a data de criação, as revisões feitas e os comentários são todos metadados que proporcionam uma compreensão mais profunda do conteúdo, sua autoria e sua história.

Em resumo, enquanto os dados representam o núcleo da informação, os metadados são a camada que envolve esses dados com contexto e significado. 

Como descrever metadados

A qualidade dos metadados e sua descrição tem um impacto direto na acessibilidade, recuperação e gestão de dados. Por isso, é importante seguir algumas práticas recomendadas para garantir que os metadados cumpram seu propósito de maneira eficiente.

1. Ser preciso e descritivo: Metadados devem fornecer informações claras e precisas sobre os dados que descrevem. Seja conciso, mas inclua informações suficientes para que os dados possam ser facilmente identificados e compreendidos sem necessidade de acesso direto aos dados em si.

2. Utilizar padrões: Existem diversos padrões de metadados desenvolvidos para diferentes tipos de conteúdo e indústrias, como Dublin Core para documentos digitais, IPTC para fotografias e XMP para uma ampla variedade de tipos de mídia. Utilizar esses padrões ajuda a garantir a interoperabilidade e a consistência dos metadados entre diferentes sistemas e plataformas.

3. Incluir palavras-chave relevantes: Palavras-chave são uma parte essencial dos metadados descritivos, facilitando a busca e recuperação de dados. Escolha palavras-chave precisas e relevantes que reflitam o conteúdo e o contexto dos dados.

4. Manter os metadados atualizados: Os metadados devem ser revisados e atualizados regularmente para refletir quaisquer mudanças nos dados que descrevem. Isso é especialmente importante para metadados administrativos, como informações de direitos autorais ou de contato.

5. Focar na acessibilidade: Ao descrever metadados, considere a acessibilidade por parte dos usuários finais e sistemas de informação. Isso inclui usar linguagem clara e evitar jargões técnicos que possam ser inacessíveis para não especialistas.

6. Documentar o processo de criação de metadados: Manter uma documentação sobre como os metadados são criados, coletados e gerenciados é vital para a manutenção da qualidade e para facilitar o entendimento e uso dos metadados por outros.

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Ferramentas e práticas recomendadas para gerenciamento de metadados

O gerenciamento de metadados é crucial para garantir que as informações sejam acessíveis, confiáveis e úteis. Neste contexto, tanto as ferramentas adequadas quanto as práticas recomendadas são fundamentais.

Software e ferramentas

Existem várias ferramentas e softwares projetados para facilitar o gerenciamento de metadados, cada um com características únicas adaptadas a diferentes necessidades e tipos de dados. Aqui estão alguns exemplos notáveis:

  • Adobe Bridge: Ideal para gerenciar metadados de mídia digital, como imagens e vídeos. Ele permite visualizar, editar e gerenciar metadados IPTC, XMP e EXIF diretamente de sua interface.

  • OpenRefine: Anteriormente conhecido como Google Refine, é uma ferramenta poderosa para trabalhar com dados desordenados, limpar, transformar e enriquecer dados, incluindo a gestão de metadados.

  • Dspace e Fedora: São sistemas de gerenciamento de repositório digital amplamente usados por bibliotecas digitais e arquivos institucionais, oferecendo soluções robustas para gerenciamento de metadados e preservação digital.

  • CKAN: Uma plataforma de gerenciamento de dados abertos, projetada para ajudar organizações a publicar, compartilhar e trabalhar com grandes volumes de dados, incluindo funcionalidades avançadas de gerenciamento de metadados.

Práticas recomendadas

Para garantir a eficácia do gerenciamento de metadados, é importante adotar algumas práticas recomendadas:

  • Consistência: Mantenha a consistência na aplicação de metadados em toda a organização para garantir que os dados sejam facilmente acessíveis e gerenciáveis. Isso inclui usar um conjunto padronizado de termos e formatos.

  • Padronização: Adote padrões de metadados reconhecidos internacionalmente sempre que possível. Isso facilita a interoperabilidade dos dados entre diferentes sistemas e organizações.

  • Atualização regular: Os metadados devem ser revistos e atualizados regularmente para refletir mudanças nos dados subjacentes ou nas práticas de gerenciamento de informações.

  • Segurança e privacidade: Garanta que os metadados que incluem informações sensíveis sejam devidamente protegidos e gerenciados de acordo com as leis e regulamentações aplicáveis.

  • Documentação: Mantenha uma documentação abrangente sobre as políticas, procedimentos e padrões de metadados adotados pela sua organização. Isso é vital para a manutenção da qualidade e para facilitar o treinamento e a conformidade.

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    A importância dos metadados e da formação contínua na era digital

    A importância dos metadados vai além da catalogação de informações. Eles impulsionam a busca e recuperação eficientes, garantem a preservação e a integridade dos dados ao longo do tempo e facilitam a interoperabilidade entre diferentes sistemas e plataformas. 

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