A Filosofia Moderna (séc. XV-XVIII) marca a transição da fé cristã medieval para a valorização da razão e do conhecimento humano. Destaca-se pela reflexão crítica sobre a natureza e existência, pavimentando o caminho para o pensamento contemporâneo.
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A filosofia moderna surge juntamente com o final da Idade Média e com a queda do sistema feudal. O fim do período medieval e a diminuição do domínio da Igreja Católica marcam a busca dos cientistas por novas formas de saber e pensar racionalmente, desvinculando-se cada vez mais das influências religiosas, que foram a marca da Idade Média.
Durante o surgimento da filosofia moderna, o mundo passava por diversas transformações, sendo elas:
Além disso, vale destacar que nesse período as novas descobertas nas áreas da Física, Astronomia e outras ciências naturais foram marcadas pelo antropocentrismo - o homem no centro de produção científica e da busca de respostas racionais.
A renovação dos métodos, a nova maneira de realizar pesquisas, encontrar soluções e construir argumentos, foi também influenciada pelo Renascimento e Humanismo, que possibilitaram a maior ação dos indivíduos na sociedade.
O homem passa a ser encarado como um ser pensante, racional e capaz de responder por suas escolhas e ações.
Algumas características marcam a Filosofia no período do século XV ao XX com maior ou menor intensidade, dependendo do momento e da escola filosófica que está sendo analisada. Dentre as principais características, vale a pena destacar as seguintes:
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Dentre os principais problemas levantados pelos filósofos modernos, principalmente os da primeira geração, estão os problemas ligados ao corpo e a mente, a metafísica e a epistemologia.
Posteriormente, os filósofos dedicam-se a pensar as questões políticas ligadas aos governos absolutistas, aos governos liberais e aos anarquistas. É, também durante a filosofia moderna, que são levantadas questões ligadas às novas relações sociais e econômicas, principalmente no período Pós-Revolução Industrial, e ao papel da burguesia nesse novo modelo social.
Dentre os principais filósofos e escolas merecem destaque:
São também importantes nomes da filosofia moderna: Thomas Hobbes, John Locke, David Hume, Montesquieu, Voltaire, Diderot, Rousseau, Adam Smith e Immanuel Kant, Isaac Newton e Pascal.
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A filosofia moderna refere-se ao período que se estende aproximadamente do século XVII ao século XIX, marcando uma ruptura com o pensamento medieval e abrindo caminho para o desenvolvimento da ciência moderna. Este período é caracterizado por uma profunda transformação no modo de pensar sobre o mundo, o conhecimento, o indivíduo e Deus. Há três correntes principais que definem a filosofia moderna:
Racionalismo: O racionalismo enfatiza a razão como a principal fonte de conhecimento, argumentando que a verdade pode ser alcançada através do uso da razão, independentemente da experiência sensorial. René Descartes é um dos mais famosos filósofos racionalistas, com seu método de dúvida sistemática e o famoso postulado "Cogito, ergo sum" (Penso, logo existo).
Empirismo: Em contraste com o racionalismo, o empirismo sustenta que o conhecimento deriva da experiência sensorial. Os filósofos empiristas, como John Locke, David Hume e George Berkeley, argumentam que a mente humana é inicialmente uma "tabula rasa" (uma tábua rasa) e que todo o conhecimento é adquirido através da experiência.
Idealismo: Desenvolvido mais tarde durante a filosofia moderna, o idealismo propõe que a realidade é fundamentalmente mental ou espiritual. Immanuel Kant é um figura chave nesta corrente, com sua teoria crítica que tenta superar a dicotomia entre racionalismo e empirismo, sugerindo que nossa compreensão do mundo exterior é mediada pelas estruturas inerentes da mente.
A filosofia moderna também abordou questões de ética, política e estética, com filósofos como Jean-Jacques Rousseau, Adam Smith e Friedrich Nietzsche explorando novas ideias sobre liberdade, sociedade, economia e arte. Este período estabeleceu as bases para muitos dos debates filosóficos que continuam até hoje, influenciando profundamente o desenvolvimento da ciência, da política e da cultura ocidental.
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Leia os textos abaixo:
TEXTO I
Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.
(DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado))
TEXTO II
É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.
(SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado))
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se: