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Neocolonialismo: o que foi e as causas e consequências

História Geral - Manual do Enem
Otávio Spinace Publicado por Otávio Spinace
 -  Última atualização: 5/3/2024

Índice

Introdução

O neocolonialismo refere-se ao período de expansão imperialista no século XIX, quando países europeus intensificaram a dominação sobre a África e a Ásia. Esse movimento também é conhecido como imperialismo.

Resumo sobre o Neocolonialismo

  • Neocolonialismo surge no século XIX com a expansão imperialista europeia.
  • Focado principalmente na África e Ásia para obtenção de matérias-primas e mercados.
  • Impulsionado pela Segunda Revolução Industrial, avanço do capitalismo e nacionalismo na Europa.
  • Competição entre nações europeias por territórios levou a exploração intensa dos colonizados.
  • Caracterizado por ocupação territorial, extração de recursos e tentativa de imposição cultural europeia.
  • Justificado por ideologias de superioridade, como darwinismo social e racismo científico.
  • Encontrou resistência dos povos dominados.

 O que é o neocolonialismo?

Em termos econômicos, o neocolonialismo ou também chamado de colonialismo do XIX, deu seus primeiros passos após o Congresso de Viena, em 1814, foi também um meio para que os países, recém industrializados vendessem produtos para as colônias a altos preços e comprar matéria prima e ter mão de obra colonial barata.

Além da exploração dos territórios e povos colonizados, o neocolonialismo provocou uma série de conflitos internacionais. Eles eram motivados tanto por disputas entre os colonizadores, quanto pela independência dos territórios colonizados - o que causou grande impacto no desenvolvimento destes países dali em diante.

neocolonialismo

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Resumo sobre o Neocolonialismo

  • Demanda por Matérias-Primas: A necessidade de recursos naturais para abastecer as indústrias europeias em rápida expansão.
  • Busca por Novos Mercados: A procura de novos consumidores para os produtos fabricados na Europa, visando solucionar o problema da superprodução.
  • Investimento de Capitais Excedentes: A necessidade de investir excedentes de capital em áreas que oferecessem altas taxas de retorno.
  • Competição Econômica e Política: A rivalidade entre as nações europeias por prestígio, poder e vantagem econômica, levando à corrida colonial.
  • Avanços Tecnológicos: Inovações em navegação, armamentos e comunicação que facilitaram a exploração e controle de territórios distantes.
  • Darwinismo Social e Racismo Científico: Ideologias que justificavam a dominação de povos considerados "inferiores" pelos europeus, sob a premissa de estar levando a "civilização" a essas regiões.
  • Estratégias de Segurança Nacional: A necessidade de estabelecer bases militares e assegurar rotas de navegação vitais para o comércio e a defesa.
  • Impacto do Capitalismo Industrial: A transformação econômica impulsionada pela Revolução Industrial, que incentivou a exploração de novas áreas para garantir o crescimento contínuo.
  • Influência Cultural e Missionária: O desejo de difundir valores, religiões e culturas ocidentais, muitas vezes sob o pretexto de missões civilizatórias.
  • Conferência de Berlim (1884-1885): O acordo entre as potências europeias para a partilha pacífica da África, evitando conflitos entre si, mas ignorando os direitos dos povos africanos.

Cartum de 1885 fazendo alusão à partilha da África durante a Conferência de Berlim

 O que é o neocolonialismo?

  • Segunda Revolução Industrial: O avanço tecnológico e a expansão industrial na Europa aumentaram a demanda por matérias-primas e mercados consumidores, motivando a busca por novos territórios.
  • Ascensão do Capitalismo: O desenvolvimento do capitalismo exigiu a expansão dos mercados e fontes de recursos naturais, incentivando as nações industrializadas a estabelecer colônias.
  • Nacionalismo e Competição entre Nações: O sentimento nacionalista e a rivalidade entre as potências europeias estimularam a competição por territórios ultramarinos como forma de demonstrar poder e prestígio.

Como Surgiu

  • Busca por Novos Mercados: As nações europeias procuravam novos mercados para escoar a produção excedente de suas indústrias.
  • Necessidade de Matérias-Primas: A industrialização exigia acesso constante e controlado a matérias-primas essenciais, muitas das quais se encontravam em territórios fora da Europa.
  • Interesses Estratégicos e Políticos: A busca por bases estratégicas militares e navais, bem como o desejo de exercer influência política e cultural sobre outras regiões.

Principais Fatores para sua Evolução

  • Darwinismo Social e Racismo Científico: Teorias que justificavam a dominação europeia sobre outros povos com base na suposta superioridade racial e cultural dos europeus.
  • Tecnologia e Poder Militar: Avanços tecnológicos em armamentos e transportes facilitaram a conquista e o controle dos territórios colonizados.
  • Conferência de Berlim (1884-1885): Reunião que estabeleceu regras para a partilha da África entre as potências europeias, legitimando o neocolonialismo e evitando conflitos entre as nações colonizadoras.

Esses fatores, interligados, moldaram o neocolonialismo, marcando profundamente a história e o desenvolvimento de muitas regiões do mundo, especialmente na África e na Ásia, com efeitos que se estendem até os dias atuais.

Quais são as principais causas do neocolonialismo?

O neocolonialismo europeu provocou uma série de conflitos nas sociedades que foram ocupadas, promovendo a exploração das populações locais e agressões a seus direitos básicos.  Além disso, houve a desestabilização e destruição das culturas locais, que sofreram com as imposições de hábitos e costumes europeus.

Outra  consequência importante foram as lutas entre áreas dos territórios colonizados, que haviam se tornado rivais e  o surgimento de vários movimentos pela independência dos territórios ocupados, alimentando lutas que se prolongaram por boa parte do século XX. Ao mesmo tempo, as disputas entre as potências imperialistas europeias atravessou o século XIX e contribuiu, em última instância, para a Primeira Guerra Mundial em 1914.

Contexto da época

Consequências no século XX

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
ENEM/2009

A formação dos Estados foi certamente distinta na Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados atuais, em especial na América Latina - onde as instituições das populações locais existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil -, são o resultado, em geral, da evolução do transplante de instituições europeias feito pelas metrópoles para suas colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes, têm sua verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais. Na Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e encontrou sistemas políticos e administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de organização, ou pelo menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do Estado asiático.

GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos Avançados. São Paulo: EdUSP,
 v. 22, n.º 62, jan.- abr. 2008 (adaptado)

Relacionando as informações ao contexto histórico e geográfico por elas evocado, assinale a opção correta acerca do processo de formação socioeconômica dos continentes mencionados no texto.

A Devido à falta de recursos naturais a serem explorados no Brasil, conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na África estiveram ausentes no período da independência e formação do Estado brasileiro.
B A maior distinção entre os processos histórico formativos dos continentes citados é a que se estabelece entre colonizador e colonizado, ou seja, entre a Europa e os demais.
C À época das conquistas, a América Latina, a África e a Ásia tinham sistemas políticos e administrativos muito mais sofisticados que aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador.
D Comparadas ao México e ao Peru, as instituições brasileiras, por terem sido eliminadas à época da conquista, sofreram mais influência dos modelos institucionais europeus.
E O modelo histórico da formação do Estado asiático equipara-se ao brasileiro, pois em ambos se manteve o espírito das formas de organização anteriores à conquista.
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