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Persas: império, origem, cultura e localização

História Geral - Manual do Enem
Daniel Zem Bernardes Publicado por Daniel Zem Bernardes
 -  Última atualização: 12/3/2024

Índice

Introdução

O Império Persa, formado no sul do Irã, começou sua expansão em 550 a.C. após derrotar o Reino dos Medos. Essa fase, que durou até 330 a.C., foi breve mas marcou profundamente a história da Antiguidade Oriental.

Os persas foram um povo que habitou a região do atual Irã há muito tempo atrás, cerca de 2000 a.C. O planalto iraniano, localizado ao leste da Mesopotâmia, tinha um clima predominantemente seco, sendo as suas terras pouco férteis. Contudo, os persas conseguiram prevalecer contra essas adversidades, estabelecendo um grande império, que se estendeu até o Egito.

A religião persa também foi um dos seus aspectos mais importantes e marcantes. Acredita-se que o zoroastrismo influenciou diversas religiões, inclusive o cristianismo e o islamismo, por conta da sua filosofia religiosa: o maniqueísmo.

Confira a seguir qual a origem do Império Persa e como ele se desenvolveu.

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Como foi o processo de formação do Império Persa?

Os persas eram descendentes dos indo-europeus, que primeiro começaram a povoar a região ao leste da Mesopotâmia, cerca de 6000 a.C. Acredita-se que essas levas imigratórias se estenderam até 2000 a.C., quando os povos começaram a se estabelecer melhor na região, abandonando o nomadismo.

Por volta de 1000 a.C., um grupo de nômades indo-europeus se estabeleceu na região sul do Irã, conhecida por Persis. Assim, esses nômades, chamados parsas, começaram a ser conhecidos e reconhecidos como persas pelo mundo ocidental antigo. Por fim, se entendia como Pérsia as regiões onde predominavam a língua e a cultura persa. 

2024 03 12 11 56 45 1 Persepolis 1.jpg (640×428)Persépolis, um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo, antiga cidade de domínio persa

Os persas não foram os únicos povos a se estabelecerem efetivamente no planalto iraniano. Na verdade, durante o século VIII a.C., os povos nômades da região já haviam se organizado em pequenos estados monárquicos que disputavam entre si o controle do planalto, sendo os maiores o Reino dos Persas e o Reino dos Medos, que se situavam ao leste da Mesopotâmia. Acredita-se que os medos se estabeleceram na região antes dos persas, tendo exercido o controle regional e o expandindo até a Mesopotâmia. Os medos também foram responsáveis pela queda do Império Assírio.

A hegemonia dos medos durou até o século VI a.C., quando começou a enfraquecer devido a disputas militares e à ascensão dos persas. Assim, em 550 a.C., Ciro I (rei dos persas), conquistou o Reino dos Medos, o que levou a unificação política da região, dando origem ao Império Persa.

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Qual país é a Pérsia hoje?

O Irã, situado no Planalto Iraniano no Oriente Médio, era conhecido como Pérsia até 1935, embora os persas já usassem o nome Irã desde o século 7.

Para se referir à sua própria nação, o povo persa usava o termo "Iran", que significa “terra dos arianos”, derivado de Aryanam, forma encontrada em textos persas antigos.

O Império Persa (550 a.C. - 330 a.C.) 

Apesar de consideravelmente breve, o Império Persa teve uma rápida e consistente expansão, conquistando e unificando politicamente toda a região da antiguidade oriental.

O império começa com Ciro I (559 a.C. - 529 a.C.) e a dinastia Aquemênida. Ciro I foi responsável pela unificação do Império Persa. Até sua morte, a Pérsia já havia conquistado todo o planalto iraniano, assim como a Mesopotâmia. Sucedido por seu filho Cambises (529 a.C. - 522 a.C.), a Pérsia se expandiu até o Egito, conquistando-o após a batalha de Pelusa, em 525 a.C. 

O auge do Império Persa veio com Dario I (512 a.C. - 484 a.C.), após a retirada de um impostor do trono. Dario I foi o responsável por controlar o grande território persa após diversas revoltas em seus domínios, e de ainda manter um intenso avanço expansionista, tendo conquistado as regiões do norte da Índia e da Trácia.

Dario I dividiu todo o império em satrapias, províncias governadas por um sátrapa, que nem sempre tinha uma origem persa. Isso acontecia pois Dario I manteve a mesma estratégia de apaziguamento dos territórios conquistados que era utilizado por Ciro I: o alinhamento com as antigas elites e a tolerância com religião e cultura local.

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Com a divisão do império em 20 satrapias, Dario I construiu grandes estradas que eram interligadas, ligando as capitais do império - Susa, Persépolis e Pasárgada - assim como instituiu a primeira unidade monetária internacional, o dárico de ouro, que contribuiu para a prosperidade do império. Essa medida promoveu o desenvolvimento de novas atividades comerciais, originando uma classe social de ricos comerciantes e, por consequência, aumentando o artesanato no império também.

Contudo, Dario I deu início às guerras médicas (499 a.C. - 459 a.C.), após a tentativa de domínio das cidades-estado da Jônia. Em sequência, Xerxes I, filho de Dario, (484 a.C. - 465 a.C.) fracassou ao tentar conquistar a Grécia. Com a sua derrota pelos gregos, o Império Persa se viu enfraquecido e aos poucos foi sendo desmantelado, até que então, foi dominado pelos macedônios em 330 a.C., por Alexandre Magno.

Extensão do Império Persa no seu auge

Características culturais e socioeconômicas do Império Persa

Não existem muitos registros de como se organizava a sociedade persa durante a dinastia Aquemênida. O que se sabe é que ela se baseava em um modelo agrário, no qual existiam três classes tradicionais: os militares ou aristocratas, os sacerdotes, também chamados de magos, e os camponeses e pastores. Existia um rei que governava a Pérsia, que detinha os poderes em sua mão, tanto políticos quanto religiosos. 

A pirâmide social da Pérsia se estruturava da seguinte maneira: no topo, o rei e sua família, seguido pelos militares ou aristocratas, depois pelos sacerdotes, e na base, encontravam-se os camponeses e os pastores. A pirâmide seguia uma descendência patriarcal.

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Vale ressaltar que os aspectos socioeconômicos foram se desenvolvendo conforme a expansão do império, de acordo com o contato com outros povos. Isso se deu por conta da estratégia feita por Ciro I, que manteve a tolerância com a cultura dos povos conquistados, assim como se alinhou às suas elites. Contudo, acredita-se que a essência da cultura persa nunca foi perdida.

Talvez o aspecto mais marcante sobre a cultura da Pérsia seja a sua religião. Conhecida por ser a religião precursora da filosofia maniqueísta, isto é, o dualismo entre o bem e o mal, o zoroastrismo influenciou as grandes religiões do mundo moderno, como o judaísmo, cristianismo e islamismo.

O zoroastrismo recebe esse nome porque seus fundamentos foram feitos pelo lendário poeta Zoroastro, também conhecido por Zaratustra. A religião era dualista, assumindo a existência do deus do bem, Ahura-Mazda, e do deus do mal, antagonista ao deus do bem, Arimã. Assim como as demais religiões da antiguidade oriental, o zoroastrismo era teocrático, ou seja, a religião exercia um papel político nas mãos do rei.

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Exercício de fixação
Passo 1 de 3
UFRR/2016

Historicamente, situa-se o surgimento do Estado e da escrita entre as primeiras civilizações surgidas no oriente. Apesar de possuírem culturas muito distintas e terem contribuído com diferentes legados, podemos afirmar que um traço comum entre a religião de Egípcios, Mesopotâmios, Hebreus e Persas era:

A o exercício de enorme influência sobre a organização política e dos Estados, caracterizados como teocracias;
B a crença em um único deus, conceituada como monoteísmo;
C o culto de diversos deuses com representações antropozoomórficas (meio homem, meio animal);
D a mumificação para garantia de vida após a morte;
E a construção de prédios grandiosos em forma de pirâmide, que serviam ao mesmo tempo como templos para o culto dos fiéis e tumbas para os reis.
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