Em nossa gramática temos as chamadas figuras de linguagem e, dentro dessa classificação, temos as figuras de linguagens que são chamadas de figuras de som, visto que além do efeito de sentido, elas causam um efeito sonoro quando usadas nas frases, relacionando-se também com o efeito estilístico.
Dentre essas figuras está a aliteração, vejamos como ela se caracteriza.
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Aliteração é uma figura de linguagem/ figura de som em que há a repetição de fonemas consonantais idênticos ou parecidos no início de palavras consecutivas ou próximas em uma frase ou verso. Ela é comumente usada na poesia e na publicidade para criar ritmo e efeitos sonoros.
Vejamos alguns exemplos que nos auxiliam a identificar o funcionamento da aliteração.
Nas frases exemplificadas, como mencionado, os fonemas consonantais iguais ou similares são repetidos, causando um efeito sonoro e estilístico.
Aliteração é a repetição de sons consonantais de palavras consecutivas, enquanto assonância é a repetição de vogais ou sons semelhantes dentro das palavras.
Exemplo de aliteração: “Pedro pedreiro penseiro esperando o trem que já vem, que já vem, que já vem” (de Chico Buarque, em Pedro Penseiro) - repetição do fonema “p”.
Exemplo de assonância: “Juro que não acreditei, eu te estranhei/Me debrucei sobre teu corpo e duvidei/E me arrastei e te arranhei/E me agarrei nos teus cabelos” (Atrás da Porta – Chico Buarque) – repetição das vogais “ei”.
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Na gramática, as figuras de som são estruturas ou dispositivos que servem para produzir efeitos de significado ou ritmo em uma frase ou texto. Alguns exemplos de figuras de som na gramática incluem:
Estas figuras de som são usadas frequentemente na poesia e prosa literária para criar efeitos de ritmo, rima, e significado.
A paronomásia é uma figura de linguagem que consiste na utilização de palavras com sons semelhantes, mas com significados distintos, a fim de produzir um efeito de duplo sentido ou jogo de palavras, causando também um efeito estilístico e sonoro.
Um exemplo de paronomásia está na canção de Chico Buarque, “Cálice”:
“Pai, afasta de mim esse cálice”
A palavra cálice, por meio de sua semelhança em sonoridade, aproxima-se muito da palavra cale-se, causando um efeito de sentido nesse jogo de palavras.
A paronomásia é uma forma de jogo de palavras, e é muito utilizada em trava-línguas, na poesia, na publicidade, no jornalismo, na comunicação, e na literatura.
Onomatopeia é uma figura de linguagem que consiste na utilização de palavras que imitam o som que representam. A onomatopeia é utilizada para dar vida ao texto e torná-lo mais interessante e expressivo.
Alguns exemplos de onomatopeia são:
A onomatopeia é usada frequentemente em poesia e literatura infantil, mas também é encontrada em outros gêneros literários e em publicidade, jornalismo e na comunicação. Ela é uma forma de expressão que permite que o leitor ou ouvinte tenha uma ideia melhor do som que está sendo descrito.
A aliteração é uma figura de linguagem/som que relaciona-se tanto com efeito de sentido como com o efeito estilístico das frases. Junto de outras figuras parecidas como a onomatopeia e a paronomásia, ela é bastante observada em textos literários e publicitários.
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Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979)
Nos versos
“E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo…”
tem-se exemplo de: